Terapia Craniossacral

Conhecimento, experiência e inovação


Hoje em dia não se discute a existência dos ritmos respiratório e cardiovascular. Contudo, durante muitos anos, a existência desses sistemas foi motivo de debate em comunidades médicas. O mesmo aconteceu com o sistema craniossacral.

Há aproximadamente 35 anos, o Médico Osteopata e pesquisador John Upledger, DO, O.M.M. vem propondo a utilização do ritmo de um outro sistema corporal - o sistema craniossacral - para melhorar o funcionamento corporal e ajudar a aliviar dores e disfunções. O sistema craniossacral é constituído pelas membranas e fluido cerebrospinais que envolvem e protegem o cérebro e a medula espinhal. Esse sistema compreende também, no sentido caudal, estruturas que se estendem desde os ossos do neurocrânio e do esplancnocrânio (face) até a região sacral, abrangendo toda a coluna vertebral.

Como esse sistema vital influencia o desenvolvimento e o desempenho do cérebro e da medula, um desequilíbrio ou restrição no sistema pode ocasionar problemas neurológicos, sensoriais, motores de diferentes naturezas. Esses problemas podem incluir dor crônica, dificuldades oculares, escoliose, dificuldades de coordenação motora, dificuldades de aprendizado e outros desafios à saúde.

A Terapia Craniossacral é um método suave de diagnóstico e correção que encoraja os mecanismos naturais de cura a dissipar efeitos negativos do estresse sobre o sistema nervoso central. Você também pode se beneficiar com uma melhor saúde global e resistência a doenças, ao submeter-se a essa terapia. Devido a seu efeito positivo sobre muitas funções corporais, a Terapia Craniossacral é praticada hoje em dia por uma grande variedade de profissionais de saúde. Dentre eles incluem-se médicos, osteopatas, quiropratas, obstetras, pediatras, psiquiatras, psicólogos, dentistas, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, acupunturistas, massoterapeutas e terapeutas corporais em geral.


Os Fundamentos da Terapia Craniossacral

A história da Terapia Craniossacral nos leva ao início do século XX, época em que o médico osteopata William Sutherland observou que os ossos do crânio têm uma estrutura que permite movimento. Ele explorou esse conceito por mais de vinte anos e, consequentemente, desenvolveu um sistema de exame e tratamento conhecido como Osteopatia Craniana. A seguir, no curso da década de 1970, o Dr. John Upledger observou o movimento rítmico do sistema craniossacral durante uma cirurgia. Porém, nenhum de seus colegas, nem os textos médicos disponíveis por ele, explicavam sua descoberta.

Dois anos mais tarde, O Dr. Upledger foi a um seminário que explicava as idéias de Sutherland, assim como algumas de suas técnicas de avaliação e tratamento. Unindo seu conhecimento médico a sua sensibilidade tátil e aos conheccimentos de física, o Dr. Upledger fez rapidamente a analogia com um sistema hidráulico: o fluido cerebrospinal ocupa uma bolsa de membranas encerradas no crânio e no canal da coluna vertebral. Incorporando e refinando as técnicas do Dr. Sutherland com sucesso, posteriormente, Upledger desenvolveu seu método de tratamento, a Terapia Craniosssacral.

Upledger, em seguida à sua verificação inicial, dispôs-se a confirmar a existência do sistema craniossacral cientificamente para dissipar as contestações à sua comprovação empírica. Em 1975 foi convidado pela Faculdade de Osteopatia da Universidade Estadual de Michigan para pesquisar e dar aulas no Departamento de Biomecânica. Nessa oportunidade, liderou uma equipe de anatomistas, fisiologistas, biofísicos e bioengenheiros para testar e documentar a existência do sistema craniossacral.

Pela primeira vez foram capazes de explicar, em termos científicos e práticos, a função do sistema craniossacral. Também demonstraram como esse sistema podia ser usado para avaliar e tratar disfunções envolvendo o cérebro e a medula, assim como uma miríade de problemas de saúde que eram anteriormente mal compreendidos.



O trabalho contínuo de Upledger nesse campo resultou na Terapia Craniossacral. Nas décadas seguintes a essa pesquisa inicial, o Dr. Upledger escreveu três livros didáticos que detalham o funcionamento do sistema craniossacral. Escreveu também dois livros explicando a Terapia Craniossacral ao público: Your Inner Physician and You - já traduzido para o português: Seu Médico Interno e Você, Editora Bapera e Mauad - e A Brain Is Bom: Exploring the Birth and Development of the Central Nervous System (Nasce um Cérebro: Explorações do Nascimento e Desenvolvimento do Sistema Nervoso Central).

Em 1985, o Dr. Upledger estabeleceu The Upledger Institute Inc., uma clínica e centro de recursos fundados para ensinar ao público e a profissionais de saúde sobre os benefícios da Terapia Craniossacral. Até a presente data, o Instituto Upledger treinou mais de 30.000 profissionais de saúde do mundo inteiro a utilizar a Terapia Craniossacral.


Como é feita a Terapia Craniossacral?

O praticante de Terapia Craniossacral usa um toque leve — geralmente menor que o peso de uma moeda — para encontrar restrições no sistema craniossacral. Isso é feito através do monitoramento do ritmo do fluido cerebrospinal em seu fluxo pelo sistema. Clínicos experientes podem facilmente detectar esse movimento em qualquer parte do corpo, mas podem mais facilmente senti-lo no crânio, sacro e cóccix. Esses ossos estão ligados às membranas que envolvem o fluido cérebro-espinhal.

Os efeitos positivos da Terapia Craniossacral contam em grande parte com a atividade de autocorreção natural do corpo do paciente. A abordagem com toque leve pelo terapeuta simplesmente induz as forças hidráulicas inerentes ao sistema craniossacral a melhorar o ambiente interno do corpo do paciente e a fortalecer sua própria habilidade de autocorreção.

A Terapia Craniossacral trata de que condições?

A Terapia Craniossacral fortalece a habilidade do corpo a fazer o que ele faz de melhor... cuidar de você. Dessa forma ajuda a aliviar várias doenças, dores e disfunções, incluindo:
  • Problemas em Recém-nascidos
  • Lesões por Traumatismos Cranianos e Medulares
  • Enxaquecas
  • Fadiga Crônica
  • Dificuldades de Coordenação Motora
  • Dores Crônicas na Nuca e na Lombar
  • Escoliose
  • Desordens no Sistema Nervoso Central
  • Dificuldades Emocionais
  • Síndrome da Articulação Temporomandibular (ATM)
  • Dificuldades de Aprendizagem
  • Problemas Relacionados a Estresse e Tensão
  • Desordem por Estresse Pós-traumático
  • Problemas Ortopédicos
  • e várias outras condições

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